Bem Vindo de volta à Universidad

Início de aula. O corpo de professores era diferente, mas como todo bom mestre, faz a chamada logo no início da aula, quando percebe que o aluno é repetente. Para a apaixonada, mas nem tão presente torcida rubro-negra, era a chance de dar o troco no carrasco da Libertadores. Mas não foi isso que a 'Escolinha do Professor Wanderley' mostrou em campo.

Desde o início da partida o baile já estava desenhado. Mostrando o que não fazer para brigar pelo título do Brasileirão 2011, o Flamengo era apático e preguiçoso contra um adversário rápido, técnico e com muita disposição. Perdido ofensivamente e com uma defesa que lembrou à Welliton tempos não tão distantes, o Flamengo assistia seu adversário abrir o placar com Rojas, aproveitando rebote tocando no canto oposto de Felipe, que ainda tenta salvar. O gol não mexeu com o time de Wanderley. Aliás, mexeu um pouco com Airton, que como de costume, esqueceu seu futebol, preferindo dar entrada criminosa na canela de Gonzalez, e ir para o chuveiro mais cedo. Luxa ainda teve tempo de acompanhar, também apático, seu time levar o segundo, desta vez do carrasco da noite, Vargas, que ainda faria mais um, não antes que Lorenzetti, que também se destacou do lado chileno.

O Flamengo provou o que é ser um time inconstante. Hoje, para muitos flamenguistas, a Taça Sulamericana é torneio de time pequeno, ou entrada alternativa para a Libertadores. Outros, adotam a postura de que o foco é no Brasileiro, sendo até positiva a virtual eliminação. Mas o que todos sentem, quando encontram no fundo do apaixonado e rubro-negro coração, é uma pontada de aflição. Aflição por ter sido derrotado de maneira vergonhosa dentro de casa, abandonando o caminho mais curto para a sonhada Libertadores. Aflição por reencontrar o tenebroso time que ficou 10 rodadas sem vitória no Brasileiro. E ainda mais aflição por saber que as peças não são tão diferentes das que estavam em campo com a 'La U'. A pergunta que fica, é para o comandante Luxa: será que a manutenção de alguns jogadores, como Welliton e Renato Abreu, é realmente inteligente e necessária, professor? Que você e seus comandados tenham aprendido algo da matéria 'Como jogar futebol'.

Ricardo Fellet